Tanto tempo à esperar, tanto tempo acreditando em ditados medíocres como “Tudo chega no tempo certo” ou “Quem espera sempre alcança” -que cá entre nós, nunca me confortou literalmente-, tanto tempo desperdiçado; soluçando, aos suspiros esperando ‘a pessoa certa’
surgi e nada, alimentando falsas esperanças e apostando todas as minhas
fichas no primeiro que aparentava simpatia comigo, e no fim -como de
lei- acabar perdendo o jogo, hoje vejo o tanto de tempo que perdi dando atenção á crises da idade -que por sinal, consegue ser mais medíocre que os ditados citados acima- em que me encontro, para no fim percebe o quanto vale apena esperar,
e não ter pressa, nem tentar imaginar como será, ou fantasiar-lo
chegando, ou o modo que irá me tratar, e até imaginando seus traços,
quase que exigindo-o que fosse assim, como nos sonhos. Percebi que não são bem assim as coisas, digo, não será do modo que desejo, não chegará nem perto dos traços que desejo e tampouco virá no tempo que almejo… Sei bem que demorará o tanto que aquele lá em cima desejar -ou achar que é preciso-, e terá os defeitos cujo nunca desejei para ele e que também não me sairá simpático a princípio, na verdade sinto uma pitada de mim, desejando -quase que exigindo- que me odeie no inicio. Certo,
isso parece mais como um começo daqueles filmes românticos, onde
anseiam que acreditemos que os opostos se atraem, ou até mesmo os livros
da Lauren Kate que também anseiam o mesmo, mas vai ver é exatamente
assim que acontece sabe? A princípio o amado é uma espécie de ser desagradável, cujo jamais cogitou amar, totalmente oposto a ti, mas dai depois de tanto embaraçamento você acaba pensando no ser desagradável com um afeto maior do que “poxa, que cara mais escroto” ou “Ele é desagradável”, isso começa a dar espaço para os solenes elogios do tipo “Até que ele é jeitosinho” e “Poxa, como ele é gentil” isso de fato é muuuito embaraçoso, mas é mais ou menos assim que as coisas fluem. “Se vocês garotas teem um gato assim, pode ter certeza que durará” é isso que eu digo ha vocês, pois estou mesmo botando toda a minha fé nesse critério do amor, que ele seja mesmo o oposto de mim, isso é um pouco exitante não é? Devo
estar ficando louca, digo, o suficiente para almejar isso e até por pôr
toda minha fé nisto, mas é algo que vale apena ariscar, afinal, já
perdi tanto tempo com besteiras da idade, que mal faria crer um pouco no
amor distante e complexo? Porque nada nessa vida será perfeito, e tudo terá ao menos um ponto desagradável, porque perde tempo achando que será tudo a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e perfeito, sendo que não será? Bom,
eu acordei do transe que a adolescência nos põe e fiz meu próprio
conceito sobre o amor, e assim decidi espera-lo o tempo que for, para
que ele seja perfeito do modo que tiver que ser, e você? Vai ficar ai
esperando um principe da Inglaterra? Ou vai começar a aceitar os
defeitos como principios de alguém? Lembre-se de mais um ditado, que mesmo sendo medíocre é merecedor de aplausos: “Aparências? Elas enganam. Lembre-se que o diabo, um dia foi um anjo” fica-a-dica.
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